SOBRE CONEXÕES INVISÍVEIS

Conexões Invisíveis explora os elos subtis e muitas vezes impercetíveis entre a natureza e a intervenção humana. A escultura combina cortiça, ramos de vinha e cobre, equilibrando força e leveza com contenção poética. A madeira, marcada pelo tempo, forma a base sólida de onde sobem arcos metálicos — estruturas leves, quase etéreas, que se estendem no espaço.

O cobre, condutor por natureza, assume um papel simbólico central: tece uma tensão delicada entre o mundo orgânico e o gesto humano, funcionando como fio silencioso que une os elementos. Materiais distintos, mas interdependentes, revelam aqui a sua cumplicidade — cada um a sustentar o outro, num diálogo subtil.

A obra convida à reflexão sobre as forças silenciosas que sustentam a forma e o sentido — as conexões invisíveis que existem não apenas entre os materiais, mas também entre a matéria e a intenção, a natureza e a transformação, a presença e a ausência.

CONEXÕES INVISÍVEIS, 2023. Cobre, videira e cortiça, 100cm x 50cm x 30cm.